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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A Vila Inglesa - Paranapiacaba , SP


Paranapiacaba: 'lugar de onde se vê o mar', em tupi-guarani. Num dia claro, esta era a visão que tinham os povos indígenas que passavam por ali, depois de subir a Serra do Mar rumo ao planalto. No século XIX, naquele caminho íngreme utilizado pelos índios, desde os tempos pré-coloniais, seria construída uma estrada de ferro que mudaria a paisagem do interior paulista e ocasionaria a fundação da vila de Paranapiacaba.

O fator preponderante para a construção da Ferrovia Santos-Jundiaí foi a expansão do café, que chegou ao Rio de Janeiro no início do século XIX e logo se espalhou pelo vale do Rio Paraíba. A próxima região ocupada pela cultura cafeeira seria o oeste paulista, já bem no interior do estado. A partir daí, tornou-se urgente encontrar um meio de escoar o café com maior facilidade para o Porto de Santos. O mercado no exterior era certo, mas o produto levava dias de viagem em tropas de muares até o litoral.

Os primeiros estudos para a implantação da ferrovia começaram em 1835, mas foi apenas depois de 1850 que a idéia começou a sair do papel, graças ao espírito empreendedor do Barão de Mauá. Ele encontrou nos ingleses os parceiros ideais para executar o projeto. Além de ter interesses em dinamizar o fluxo de exportação e importação brasileiro, a Inglaterra detinha uma vasta experiência na construção de ferrovias, utilizando a tecnologia da máquina a vapor - algo imprescindível para vencer as dificuldades técnicas impostas pelo desnível de 796 metros entre o topo da serra e o litoral. Em 26 de abril de 1856, a recém-criada empresa inglesa São Paulo Railway Co. recebia, por um decreto imperial, a concessão para a construção e exploração da ferrovia por 90 anos.

As obras tiveram início em 1860, comandadas pelo engenheiro inglês Daniel M. Fox. Dadas as características extremamente íngremes do trecho da serra, optou-se pela adoção do chamado sistema funicular: o percurso foi dividido em quatro planos inclinados, cada um com uma máquina fixa a vapor que tracionava as composições através de cabos de aço.

A vila de Paranapiacaba era inicialmente apenas um acampamento de operários. Depois da inauguração da ferrovia, em 1867, houve a necessidade de se fixar parte deles no local para cuidar da manutenção do sistema. Assim, construiu-se a Estação Alto da Serra, que também foi o primeiro nome dado ao lugarejo. Por causa da sua localização, último ponto antes da descida da serra, a vila começou a ganhar importância. Também nesta época foi fundada, em torno da estação São Bernardo, a futura cidade de Santo André, à qual a vila de Paranapiacaba pertence hoje.

Enquanto isso, a ocupação no interior do estado se consolidava, graças à estrada de ferro. O comércio e a produção agrícola aumentaram significativamente. Em pouco tempo já era preciso duplicar a ferrovia.


A partir de 1896, começaram as obras. Paralelamente aos trabalhos de duplicação, a vila também sofreria modificações. No alto de uma colina, os ingleses construíram a casa do engenheiro-chefe, chamada de Castelinho, de onde toda a movimentação no pátio ferroviário poderia ser observada. Na mesma época, foi erguida a Vila Martim Smith, com casas em estilo inglês, de madeira e telhados em ardósia, para servir de moradia aos funcionários da empresa. Em 1900, o novo sistema de planos inclinados é inaugurado, recebendo o nome de Serra Nova.

Do outro lado da estrada de ferro, a Parte Alta de Paranapiacaba, que não pertencia à companhia, seguia padrões arquitetônicos diversos daqueles da vila inglesa. A área começou a ser ocupada por comerciantes para atender os ferroviários já na década de 1860. Ali também moravam os funcionários aposentados, que não poderiam mais usar as casas cedidas pela empresa.

Até meados da década de 40, os moradores viviam ali como uma grande família. A vila era bem cuidada, com ruas arborizadas e casas pintadas. O clube União Lira Serrano era o centro de uma intensa atividade sócio-cultural: bailes, jogos de salão, competições esportivas, encenações teatrais, exibições de filmes e concertos da Banda Lira. Outro importante ponto de encontro, para fechar um negócio ou conversar sobre política e futebol, era a Estação. Nas noites de sábados e domingos, moços e moças bem alinhados, interessados em namorar, caminhavam pelas plataformas largas, como relata João Ferreira, antigo morador da vila.

Em 1946, termina o período de concessão da São Paulo Railway Co. e todo seu patrimônio é incorporado ao da União. Este fato é apontado pelos antigos moradores como o início da decadência da vila. Com a desativação parcial do sistema funicular, na década de 70, mais um golpe: parte dos funcionários é dispensada ou aposentada e outros são contratados, para cuidar do novo sistema de transposição da serra - a cremalheira-aderência.


Nos anos 1980, depois de várias denúncias na imprensa sobre a deterioração da vila, é criado o Movimento Pró-Paranapiacaba. Em 1986, a Rede Ferroviária entregou restaurados o sistema funicular entre o 4° e o 5° patamares e o Castelinho. No ano seguinte, o núcleo urbano, os equipamentos ferroviários e a área natural de Paranapiacaba foram tombados pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

Viva a Serra do Mar, com a vila e seu ar britânico.

Fonte: Prefeitura de Santo André - SP






Ciclistas contra o câncer de próstata


                                                                                                                                Por Alexandra Boechat


Para mostrar que prevenção é a melhor estratégia no combate às doenças masculinas, o grupo Bike Urbana RJ/Brasil promoveu no último fim de semana mais um passeio ciclístico integrando bicicleta, promoção de saúde e qualidade de vida. A ação fez parte da maior campanha nacional de conscientização e prevenção contra o câncer de próstata: o Novembro Azul.



O evento teve início na Cinelândia e seguiu até o bairro da Urca, na Zona Sul carioca. Os participantes percorreram ruas do centro da cidade, passando por diversos pontos turísticos, até o concluir o percurso na Praia Vermelha.



O objetivo da ação foi não só chamar a atenção da população sobre a saúde do homem, mas também, evidenciar a importância dos exames preventivos - que detectam o câncer de próstata e demais doenças do público masculino -, além de destacar uso da bicicleta como meio de transporte acessível, sustentável e que colabora para uma vida mais saudável.



“A bicicleta é muito mais que um meio de transporte. Ela pode unir mobilidade, saúde e qualidade de vida. Por isso fazemos nossa parte e levantamos a bandeira desses movimentos que visam prevenção, integrando saúde e mobilidade”, frisou o organizador do Grupo Bike Urbana RJ/Brasil, Fábio Torres.

Sobre o coletivo: O Bike Urbana RJ/Brasil realiza desde o início de 2015, intervenções com temática de importância sustentável, conscientização e cidadania. A proposta do grupo é estimular novos adeptos ao uso da bicicleta como transporte em seu cotidiano, humanizar e harmonizar  o trânsito, discutir mobilidade, prevenção e outras temáticas de relevância social.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Bicicletas na ruas por um trânsito melhor

Por Alexandra Boechatt
Jornalista


Vida além do motor, formas alternativas de mobilidade, preservação do meio ambiente e mais qualidade de vida. Essas foram as principais bandeiras levantadas no último domingo pelas ruas do centro do Rio de Janeiro durante o evento “Um dia sem Carro”. Organizado pela Federação de Ciclismo do Estado, e contando com diversos movimentos participantes, dentre eles o Bike Urbana/Rj, a ação fez alusão ao “Dia Mundial sem Carro”, que é comemorado internacionalmente no dia 22 de setembro.
Centenas de participantes, dentre ciclistas, skatistas, patinadores e corredores, percorreram as ruas do centro e pontos turísticos da cidade com objetivo de demonstrar que é possível, sem o uso de carros e motos, se locomover pela área urbana com mais agilidade, sem gerar poluição, fomentando hábitos mais saudáveis e investindo numa forma sustentável de mobilidade.
O dia Mundial sem Carro , intervenção que surgiu na França em 1997 e acontece desde 2003 no Brasil, tem como foco criar a consciência que as formas alternativas de mobilidade são uma estratégia acessível para os deslocamentos diários. A campanha visa incentivar a população a usar menos seus automóveis, investindo, principalmente, no uso das bicicletas.
Responsável pelo movimento Bike Urbana RJ / Brasil, o professor Fábio Torres, destaca que o uso da bicicleta como meio de transporte é uma opção para harmonizar o trânsito, estabelecendo uma convivência mais pacífica entre todos os elementos que o compõem. “Com este evento buscamos atrair mais adeptos ao uso da bike como meio de transporte, tendo em vista todos os benefícios que ela traz não só para o trânsito, mas, para quem a utiliza. Queremos que esta ação inspire os outros 364 dias do ano. Bicicleta é liberdade e conquista”, disse.
Somente o Bike Urbana/Rj levou diversos ciclistas para o evento. O grupo elabora e participa de diversas intervenções com temática de importância sustentável, conscientização e cidadania, desde o inicio de 2015.



quinta-feira, 30 de julho de 2015

PROJETO CARIOQUINHA

Selo Projeto Carioquinha
  Em tempos de dólar alto, viajar para perto pode ser a melhor opção, ainda mais quando há descontos. Pois é, durante o mês de Agosto, cariocas e moradores do RJ ou Grande RJ, poderão desfrutar desse benefício pela Cidade Maravilhosa e em mais de 50 atrações turísticas do interior. O RJ merece ser visto e aproveitado em cada um de seus metros quadrados e não faltam atrações para quem quer passear e conhecer seus encantos.
  O projeto Carioquinha chegou para facilitar esse acesso com o objetivo de divulgar o Rio e suas belezas a preços mais baixos que os praticados durante outra época do ano (varia de !0% a 100%). Assim nasceu o Carioquinha, sucesso tão grande que chega a 2015, em sua 15ª edição. Durante toda vigência do projeto, cariocas “da gema” (natural do Rio) ou “do coração” (morador da Cidade ou do Grande Rio*) têm direito a descontos e programações especiais oferecidas por atrações e serviços do Rio de Janeiro.

* Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Mangaratiba, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Paracambi, Nova Iguaçu, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá.

Como funciona?

A mecânica de funcionamento do Carioquinha é muito simples. Basta apresentar nas bilheterias dos pontos turísticos e atrações cadastradas a carteira de identidade para comprovar sua naturalidade "carioca". Se não for natural do Rio de Janeiro, mas esteja residindo na cidade, além da sua carteira de identidade, você deverá apresentar um comprovante de residência em seu nome.

Só serão aceitos documentos com foto e comprovantes de residência de contas de consumo (água, luz, telefone, gás).
A promoção é válida para TODOS que NASCERAM ou MORAM na cidade do Rio ou Grande Rio*.

*Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Mangaratiba, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Paracambi, Nova Iguaçu, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá.

Quando será o Carioquinha 2015? Onde encontro a listagem das atrações cadastradas?

O Projeto mais querido dos Cariocas ocorre de 01 a 31 de Agosto de 2015. Todas as atrações participantes estão listadas no site http://www.carioquinha.com.br

Monte sua programação e vamos "Cariocar"!!!

terça-feira, 5 de maio de 2015

Passaporte Cultural - Rio 450

 Já que viajar é trocar a roupa da alma, que tal viajarmos pelos Museus do RJ?
 A Prefeitura do Rio e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lançaram em Março desse ano, o Passaporte dos Museus Cariocas, iniciativa em comemoração aos 450 anos da cidade. Com o passaporte, a população e turistas poderão visitar gratuitamente 43 dos mais importantes museus e centros culturais do Rio, além do Museu Imperial, em Petrópolis, e da Casa da Hera, em Vassouras.
 No formato de um caderno de bolso, os passaportes podem ser adquiridos em seis pontos: Museu Nacional de Belas Artes, Museu da República, Museu Imperial, Museu de Arte do Rio, Museu Aeroespacial e Centro Cultural Banco do Brasil. A tiragem inicial é de 50 mil exemplares, podendo ser estendida de acordo com a demanda. Qualquer pessoa pode retirar o passaporte nos locais de distribuição, sem a necessidade de apresentar documentação.
 Além de integrar as instituições envolvidas, o Passaporte dos Museus Cariocas cria uma dinâmica lúdica e atraente para estimular a visitação. Conforme o documento de identificação internacional, que possui espaço para visto, o passaporte será carimbado em cada museu ou centro cultural visitado no espaço reservado à instituição. Cada local poderá ser visitado gratuitamente apenas uma vez.
 No Passaporte dos Museus Cariocas, o público encontra a lista completa das 43 instituições participantes e os dias da semana em que cada uma poderá ser visitada gratuitamente, além de informações dos espaços culturais, como endereço e horário de funcionamento. Válido ao longo do ano do jubileu de 450 anos, o passaporte "expira" no último dia de 2015. 
  Pegue seu passaporte e busque o visto cultural!

Confira a lista de museus participantes:

Biblioteca Nacional
Casa Daros
Casa do Patrimônio Ferroviário do Rio de Janeiro (antigo Museu do Trem)
Casa do Pontal
Casa França Brasil
Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro
Centro Cultural Correios
Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho (Castelinho do Flamengo)
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Memorial Municipal Getúlio Vargas
Museu Aeroespacial
Museu Bispo do Rosário
Museu Casa da Hera
Museu Casa de Benjamin Constant
Museu Casa de Rui Barbosa
Museu Chácara do Céu
Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Museu da Maré
Museu da República
Museu da Vida
Museu de Arte do Rio
Museu de Arte Moderna
Museu de Astronomia e Ciências Afins
Museu de Ciências da Terra
Museu de Favela
Museu de Folclore Edison Carneiro
Museu do Índio
Museu do Meio Ambiente
Museu Histórico da Fortaleza de São João
Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana
Museu Histórico Nacional
Museu Imagens do Inconsciente
Museu Imperial
Museu Militar Conde de Linhares
Museu Nacional
Museu Nacional de Belas Artes
Museu Naval
Museu Villa-Lobos
Museus Raymundo Ottoni de Castro Maya – Museu do Açude
Paço Imperial
Palácio Tiradentes
Sítio Roberto Burle Marx 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

1 de Maio - Homenagem ao trabalhador



 O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. 

 A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.
 Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.
 Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
 Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes. Em 1943,  o presidente na época Getúlio Vargas, conhecido como "pai dos trabalhadores", criou a Consolidação das Leis Trabalhistras (CLT).

Parabéns a todos, que contribuem com seu conhecimento e esforço, para o progresso do país, assim como, para uma sociedade melhor!


Quadro: Operários de Tarsila do Amaral

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Boa Páscoa!

 A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais e bastante saborosa. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem.



 Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.




A Páscoa Judaica

Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.
 Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.

A Páscoa entre os cristãos

 Para os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março).
 Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém. 



A História do coelhinho da Páscoa e os ovos

A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.



Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.
 Com tantas opções de chocolates no mercado, o abuso acaba sendo inevitável...

BOA PÁSCOA!

segunda-feira, 30 de março de 2015

Campo de Santana


Em uma das partes mais movimentadas do Centro da Cidade do Rio de Janeiro, encontra-se um local que reúne calma, paz e belezas naturais únicas. Trata-se do Campo de Santana.

Campo de Santana
Foto Dado DJ / Trilhos do Rio



Este parque foi construído entre os anos de 1873 e 1880, no local onde muito antigamente ficava um grande descampado, limitado pela Rua da Vala (atual Rua Uruguaiana) de um lado e a encosta do atual Morro da Providência de outro. Esta área já foi designada por Campo da Cidade, Campo de São Domingos (quando foi construído um templo de uma irmandade, no final do século XVII), Campo da Aclamação (onde eram realizadas reuniões e eventos políticos, religiosos e populares. D.João VI e D.Pedro I foram aclamados lá) e finalmente Campo de Santana. Esta última denominação foi recebida no século XVIII, quando da construção da Igreja de Nossa Senhora de Sant'Anna, próxima ao local.




 
Campo de Santana, em 1862
Foto: Rafael Castro y Ordoñez (Biblioteca Nacional)



Ainda no século XIX, foram feitas tentativas de arborização na área. Mas a partir da iniciativa de D.Pedro II, que encomendou um projeto a um paisagista francês, o Campo de Santana passou a ter o modelo que é apreciado hoje.





Todas as fotos acima: Dado DJ / Trilhos do Rio

Atualmente, os trabalhadores e demais pessoas que passam pelo local, tem a oportunidade de vislumbrar figueiras centenárias, diversas árvores de espécies nativas, lagos e monumentos, além da fauna presente, como cotias, patos, marrecos e gansos (que costumam desfilar pelas alamedas do parque). Destaque também para um belo pavão, que ocasionalmente desfila sua bela plumagem aos olhos dos visitantes.


Cotias e um pavão ornamentam mais ainda o local
Foto: Dado DJ / Trilhos do Rio



Um dos vários lagos do parque
Foto: Dado DJ / Trilhos do Rio



 Cascata e Gruta do Campo de Santana, em séculos distintos
Fotos: Biblioteca Nacional e Dado DJ / Trilhos do Rio



 Portão datado de 1873
Foto: Dado DJ / Trilhos do Rio


Aproveitamos este espaço para desejarmos a todos os nosso visitantes e seguidores um excelente ano de 2012 ! Aguardem que teremos muitas novidades !
Contamos com vocês sempre por aqui.
Muito obrigado


Equipe Turismobile



sábado, 28 de fevereiro de 2015

Rio 450 anos de Maravilhas. Parabéns!


 Mui Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro

E um pouco de sua História...




  O Rio tem uma imensa vocação turística, não é à toa, vamos aos fatos... Em 1 de Janeiro de 1502, o Rio de Janeiro foi descoberto por navegantes portugueses, que acreditando achar a Baía de Guanabara, a foz de um rio, chamou o local de Rio de Janeiro. Porém somente em 1530 a corte portuguesa mandou uma expedição para colonizar a área, em vez de continuar usando-a simplesmente como uma parada em suas aventuras marítimas. Os franceses, por outro lado, tinham estado no Rio de Janeiro e arredores desde o começo do século e estavam dispostos a lutar pelo domínio da região. Em 1 de Março de 1565, Estácio desembarcou numa praia entre o Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão, instalando oficialmente a Cidade que se chamou São sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem ao Rei de Portugal D. Sebastião e ao Santo do mesmo nome, que se tornou padroeiro da cidade. Em 20 de Janeiro de 1567, os Franceses foram expulsos em definitivo pelos portugueses, na batalha do Uruçumirim, onde hoje encontra -se o Outeiro da Glória.
O começo da cidade como tal foi no Morro de São Januário, mais tarde conhecido como Morro do Castelo, e depois na Praça Quinze até hoje centro vital do Rio.
O Rio de Janeiro desenvolveu-se graças à sua vocação natural como porto. Na mesma época em que ouro foi descoberto no Estado de Minas Gerais, no final do século XVII, o Governador do Brasil foi feito Vice-rei. Salvador era capital da colônia, mas a importância crescente do porto do Rio garantiu a transferência da sede do poder para o sul, para a cidade que se tornaria, e ainda é, o centro intelectual e cultural do país.
Em 1808 a família real portuguesa veio para o Rio de Janeiro, refúgio escolhido diante da ameaça de invasão napoleônica. Quando a família real voltou para Portugal e a independência do Brasil foi declarada em 1822, as minas de ouro já haviam sido exauridas e dado lugar a uma outra riqueza: o café.
O crescimento continuou durante quase todo o século XIX, inicialmente na direção norte, para São Cristóvão e Tijuca, e depois na direção da zona sul, passando pela Glória, pelo Flamengo e por Botafogo. Em 1889, a capital do Império assistiu à queda da monarquia. As mudanças políticas seguiram as diretrizes capitalistas. A transição da Monarquia para a República começa em 1889 e só acaba, efetivamente, em 1930. A cidade, com a Proclamação da República, torna-se a capital federal.
No começo do século XX surgiram as ruas largas e construções imponentes, a maioria no estilo francês fin-de-siècle. O Rio de Janeiro manteve sua posição até a inauguração de Brasília como capital da República em 1960. Capital do Estado do Rio de Janeiro, a cidade continua sendo a referência turística, social e cultural do país.
Nós cariocas, por nascimento ou por adoção, somos presenteados por essa cidade. Seja de forma cultural, ecológica, gastronômica, noturna ou por lazer, curta!!

Mais uma vez, e que todos me permitam...

MUITAS FELICIDADES, RIO DE JANEIRO!
 










terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Turismobile - Em ritmo de Folia, Carnaval 2015!

O carnaval do Rio de Janeiro é um evento único que abusa da criatividade, sendo considerado o maior espetáculo da terra. Neste período as pessoas ficam verdadeiramente originais, bastando apenas colocar uma fantasia, independente do preço e cair na folia. É uma festa democrática em que há inversões por meio de personagens, onde o homem vira mulher, o rico vira pobre, a pessoa comum vira celebridade, o tímido fica descontraído,  e por aí em diante. 
 A cidade respira folia com pessoas vindas de todas as partes do mundo e destaque atualmente para o Carnaval de rua, com seus blocos e programações gratuitas. O evento é uma festa popular de data móvel, sendo comemorado sete domingos antes da Páscoa. Apesar de sua associação ao calendário religioso, a festa popular é de origem pagã. No Brasil, o Entrudo chegou com os portugueses no século XVI e consistia em uma brincadeira agressiva no período carnavalesco. Havia o entrudo familiar, realizado nas casas senhorais, e o popular. 
 Historicamente existem dois carnavais no Rio de Janeiro: o de salão e o de rua. O carnaval de salão originou – se dos bailes de máscaras italianos, e que aqui se difundiram na segunda metade do século XIX. Documentos de época registram que em 1840, uma mulher italiana casada com um hoteleiro estabelecido no Largo do Rossio, atual Praça Tiradentes, promoveu então o primeiro baile de carnaval carioca. O evento foi um sucesso, e a novidade fez com que no século XX, a cidade do Rio de Janeiro fosse sede de bailes antológicos, como os que ocorriam no Hotel Copacabana Palace e no Teatro Municipal. 
 O carnaval de rua, que hoje em dia voltou a ser um sucesso, nasceu no final do século XIX. As grandes sociedades – Democráticos (ainda existe o clube), os Fenianos e os Tenentes do Diabo – apresentavam enredos de crítica social e política, desfilando ao som das óperas, com carros alegóricos e fantasias luxuosas. Da mesma época, os ranchos também possuíam seus enredos, fantasias, carros alegóricos, porta estandarte, mestre sala, tímidos abre alas e algumas baianas. Os blocos, formados nos morros e subúrbios cariocas, comporiam o coração do carnaval carioca. Destaque para o Cordão da Bola Preta que surgiu em 1918 e atualmente arrasta multidões no sábado de Carnaval.
 Todo o improviso e animação do carnaval de rua de antigamente deu origem ainda às escolas de samba.Várias teorias tentam explicar a designação escola de samba. Ismael Silva – antigo sambista do morro do Estácio – justificava o nome pela proximidade do ponto de encontro dos mestres do batuque, da capoeira e do samba com a antiga escola normal, onde se formavam professores do ensino básico. Estudiosos dizem que já se usavam termo escola, no sentido da aprendizagem e do saber, nos blocos e ranchos. 
 A primeira escola de samba do Rio de Janeiro – a Deixa Falar – nasceu no Estácio e foi fundada em Agosto de 1929.Suas cores eram o vermelho e branco. A escola durou apenas cinco anos, mas marcou a história do carnaval carioca, com o seu pioneirismo. Também no Morro da Mangueira o compositor Cartola e seus companheiros formam uma escola a partir dos blocos existentes. Em 1932 Paulo da Portela e Antônio Rufino, organizadores do Bloco Pioneiros de Oswaldo Cruz, formam a escola Vai como Pode, mais tarde conhecida como Portela.
 Ao longo das décadas, o carnaval sofreu inúmeras transformações. Diferentemente da confraria de sambistas de antigamente, as escolas de hoje organizam produções com qualidade e planejamento profissional. Os desfiles que começaram na Praça Onze na década de 30, foram transferidos para a Presidente Vargas, onde se montava e desmontava arquibancadas de ferro e madeira. Em 1984, foi criada a passarela do samba Darcy Ribeiro, mais conhecida como Sambódromo, onde são realizados os desfiles das agremiações carnavalescas.  

Com tantas opções, escolha sua fantasia e caia na folia!

                                                               Internet
                                                                        




 
Entrudo popular
       internet         



Entrudo familiar
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Cordão da Bola Preta.
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Deixa Falar - A primeira escola de samba do Rio.
                                            google




Os blocos de rua, cada ano estão ganhando novos adeptos. 
                                                     google 

  

Apoteose
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Parque da Catacumba

 Ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas, é  possível conhecer um recanto com muito verde e uma vista fantástica. O local chamado Parque da Catacumba, tem esse nome por conta de uma lenda em que os índios enterravam os mortos em sua encosta, antes da chegada dos portugueses ao Brasil.
 No início do século XX, o atual Parque Municipal já era conhecido como Chácara da Catacumba, e pertencia à Baronesa da Lagoa Rodrigo de Freitas, que teria deixado em testamento suas terras para seus ex-escravos, que passaram a ocupá-lo após sua morte. Os primeiros casebres surgiram nas décadas de 30 e 40, com a chegada dos migrantes nordestinos. Com o crescimento da favela da Catacumba, a mata local foi sendo gradativamente derrubada para dar lugar às casas e barracos.
 Em 1964, Carlos Lacerda iniciou um processo de desmanche das favelas, removendo seus habitantes para “Conjuntos habitacionais”, como Vila Kennedy e Cidade de Deus.  Em 1970, na gestão de Negrão Lima, a favela foi removida e batizada de “Parque Carlos Lacerda”. A partir de 1988, um programa de reflorestamento foi iniciado tendo como objetivo inicial a contenção de encostas.
 A técnica para reflorestar a área, utilizava principalmente, mudas de árvores pioneiras (são as primeiras que se instalam em uma região) que são mais rústicas e de crescimento rápido. Posteriormente, a partir de 1999, seguiu-se a fase de enriquecimento com o plantio de espécies secundárias e clímax.
 O Parque também conta com um espaço para esportes radicais, uma flora diversificada, com plantas exóticas provenientes da Ásia, e uma fauna composta por espécies da avifauna, dos répteis, dos anfíbios e dos mamíferos, adaptadas às áreas urbanas e aos ambientes alterados (favor, não alimentar os animais silvestres).
  Visite o local e "saia" um pouco da Cidade!

                                   
Vista para a Lagoa, tendo ao fundo a Pedra da Gávea.
Fábio Torres


Vista de um dos mirantes, tendo ao fundo a Praia de Ipanema.
Fábio Torres

Vista para o Parque da Tijuca e Corcovado
Fábio Torres

 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Ciclismo: mobilidade e saúde - Rio Verão 2015!

Pouquíssimas localidades no mundo combinam tão bem o seu estilo com um meio de transporte como a bicicleta. Na cidade do Rio de Janeiro e também em todo o estado, centenas de quilômetros de ciclovias e pistas especiais para ciclistas estão a disposição de quem quiser aproveitar e curtir a vida sobre duas rodas, de maneira consciente, saudável e ecologicamente correta.


Fábio Torres
Pedalar com  um belo visual, não tem preço!
 

 

Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio

Andar de bicicleta é muito mais do que apenas subir no selim e começar a pedalar. Tido como um dos esportes que movimenta mais músculos e que queima bastante calorias, o ciclismo possui diversas modalidades, cada uma com sua legião de seguidores. Desde a modalidade Mountain Bike até as corridas de estrada (Speed), passando pelas provas no velódromo até um simples passeio noturno, o Rio de Janeiro acolhe e tem suporte para todos os seguidores do esporte.

Se você quer praticar Mountain Bike ou Downhill, os parques da cidade e do estado têm trilhas que possibilitam o treinamento dos atletas, e até competições fechadas, organizadas previamente.
 
Para praticar o Ciclismo de estrada, o estado do Rio de Janeiro tem sua própria volta ciclística desde 2010. O Tour do Rio se firmou como uma prova importante no calendário mundial, e organizada todos os anos, com seus atletas percorrendo centenas de quilômetros, disputando pedal a pedal uma boa colocação, e desfrutando paisagens exuberantes, desde o litoral até a serra.
 
Para os Jogos Panamericanos de 2007, foi construído um velódromo na zona oeste da cidade, onde importantes atletas mundiais competiram em busca de uma medalha. Hoje o velódromo encontra-se com escolinhas de ciclismo, e aberto ao treinamento dos atletas da Confederação Brasileira de Ciclismo, com vistas ao sucesso nas Olimpíadas de 2016.

Mas se você quiser apenas passear de bicicleta e curtir a paisagem, o Rio de Janeiro é o local ideal ! Quase todas as cidades litorâneas do estado possuem ciclovias em suas praias, o que torna uma simples pedalada um programa imperdível, com lindas paisagens em volta, e uma água de côco no final do passeio, para repôr as energias e se hidratar. Além das faixas litorâneas, várias cidades possuem ciclovias em outros pontos, estimulando a troca do transporte em veículos poluentes e anti-ecológicos por um transporte saudável, relaxante e eficiente, que não enfrenta congestionamentos e não faz mal a saúde física e mental. Nova Iguaçu, Quissamã, Seropédica, Niterói, São Gonçalo são apenas alguns exemplos de cidades que já tem ciclovias, como estímulo para que deixem um pouco de lado os carros e utilizem a bicicleta como meio de transporte para alcançar o trabalho, o curso, a escola, o destino de cada um.

Lembrando que o Metrô-Rio e a Supervia, já permitem o transporte de bicicletas em seus carros (vagões), aos finais de semana. É uma boa oportunidade de conhecer a cidade de um jeito ecologicamente correto, com emissão de poluentes quase zero. Pode ser para visitar um parente em outro bairro, ir ao shopping ou simplesmente conhecer a cidade de uma maneira diferente, tudo isso praticamente sem gastar nada.

Então o que você está esperando ? Pegue sua "magrela" e pedale. Mas não se esqueça da sinalização nas ciclovias e ruas, dos equipamentos de proteção e da manutenção do seu "camêlo". Seguindo todas estas recomendações, você tem tudo para aproveitar sobre duas rodas as belezas e atrações do Rio de Janeiro.


Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio

Fique ligado ! Em breve, Turismobile oferecerá passeios ciclísticos ! Portanto, não deixe de nos seguir aqui no blog  para se atualizar e se informar. Até a próxima !

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