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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ilha de Paquetá

A aproximadamente 15 quilômetros de distância do centro da Cidade do Rio de Janeiro, encontra-se um local que nos remete a uma viagem no tempo, com muitas belezas, atrações e sossego.

Chegando a Ilha de Paquetá
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


A Ilha de Paquetá foi descoberta ainda na segunda metade do século XVI pelo pesquisador francês André Thevet, isso antes mesmo da fundação da cidade do Rio de Janeiro.
A população local mantém a arquitetura de suas casas antigas, como se o local tivesse parado no tempo
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


Além da tranqüilidade, das atrações e muitas belezas, o local tem uma história muito rica e curiosa. Paquetá já pertenceu à Freguesia de Magé, e a população desta freguesia precisava atravessar a Baía de Guanabara para alcançar as Capelas de São Roque (erigida na parte norte da ilha, na Fazenda de São Roque) e do Senhor Bom Jesus do Monte. Em determinada época, a Ilha foi desvinculada de Magé, o que desagradou aos habitantes de Magé e causou uma peculiar disputa interna: qual das capelas seria a Igreja Matriz da Ilha. Mais tarde Paquetá voltou a fazer parte de Magé e tudo voltou ao normal.

Capela de São Roque
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


Com a vinda da Família Real, no século XVIII, um decreto desvinculou a Ilha, separando-a de Magé e tornando-a parte da Côrte, a cidade do Rio de Janeiro. União esta que dura até hoje, já que a Ilha de Paquetá é a XXI Região Adminstrativa da cidade.

 
Ilha de Brocoió, atual residência alternativa de verão do Governador do Estado
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


O acesso a Ilha por barcas a partir do Rio de Janeiro, teve seu início em 1838. Atualmente este serviço faz a ligação entre Paquetá e Rio de Janeiro a partir da Praça Quinze de Novembro, outra interessante atração histórica, juntamente com seu entorno, que já foi tema aqui do blog.

 
Baobá, nomeado Maria Gorda: uma atração turística interessante
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


A Ilha tem muitas particularidades: possui um raro exemplar de Baobá, árvore de origem africana, apelidada cainhosamente de Maria Gorda pela população. Tem centenas de anos, vários metros de circunferência e é inclusive tombado pelo patrimônio histórico.

 
Casa de José Bonifácio
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio

Paquetá foi residência de várias pessoas importantes e influentes no Brasil. José Bonifácio, o patriarca da independência teria residido na ilha por alguns anos. A sua residência pode ser apreciada externamente durante uma caminhada pelas ruas da Ilha.


Canhão de saudação a D.João VI
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


O Príncipe Regente Dom JoãoVI freqüentava o local desde 1808. Ele chamava a Ilha apropriadamente de "Ilha dos Amores". Para saudar a chegada do Príncipe, depois Rei, foi instalado um canhão de saudação na Praia dos Tamoios. Hoje este canhão é mais uma das atrações históricas da Ilha.

 
Coreto em frente à Capela de São Roque
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


Recanto das Pombas, local de banho ... para pássaros !
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio

Não existe veículos motorizados na Ilha, com exceção de veículos de serviço como ambulâncias e caminhões de coleta de lixo. Mais um motivo para uma agradável caminhada, um passeio de bicicleta ou quadriciclo, que podem ser alugados em vários locais. Além disso, há um ônibus, que na verdade é um carro de passageiros puxado por trator ou em estilo charrete, que percorre a ilha em duas direções, parando em pontos específicos para apreciação.

 

Busto a Pedro Bruno, importante pintor e artista.
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio


A Ilha de Paquetá reúne dezenas de atrações interessantes, e algumas exclusivas no mundo como o Cemitério de Pássaros. Tudo isso possível de ser visto em um pequeno território insulano, próxima ao burburinho da cidade, mas distante ao mesmo tempo do tumulto e movimentação frenética da cidade grande. A Ilha é um poço de tranqüilidade, com muita história, beleza e atrações a se conhecer, apreciar e se apaixonar. Talvez por isso mesmo tenha sido justamente apelidada como a "Ilha dos Amores".


Capela do Senhor Bom Jesus do Monte
Foto: Dado DJ/Trilhos do Rio

Roteiro - Lapa e Convento de Santa Teresa

 No próximo dia 01 de outubro, a Equipe Turismobile estará promovendo um interessante e agradável roteiro cultural pelas belezas históricas da Lapa e Convento de Santa Teresa.
 O ponto de encontro será em frente a Fundição Progresso, às 15h30. O valor do roteiro é de fácil percurso e relativamente rápido.
 Passaremos por pontos turísticos como a Escadaria Selaron e o Convento de Santa Teresa. Uma ótima oportunidade de conhecer parte da história da cidade, relaxando e aliviando a tensão do cotidiano, através de um saudável hábito que é a caminhada.
 Aos interessados, favor confirmar presença através do e-mail turismobile@gmail.com.

Não percam !




Fábio Torres
Escadaria Selarón


 Fábio Torres
Arcos da Lapa


 Fábio Torres
Convento de Santa Teresa


Dado DJ e Fabio Torres
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Equipe Turismobile



quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Igreja Imperial

 No alto de uma colina no Bairro da Glória, encontra –se a pitoresca Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro, que encanta a todos, com o seu estilo arquitetônico em forma de “8”.
 O local no século XVI contava com o Forte Uruçumirim, e em 1567 foi palco do combate entre portugueses com apoio do índios Tamoios e franceses, tendo como resultado principal, o triunfo dos lusitanos e uma flechada no rosto de Estácio de Sá que veio a falecer pouco tempo depois. Representando a vitória, o ermitão português Antônio Caminha, criou em 1671 uma capela simples, com a imagem de Nossa Senhora da Glória.
 Em 1699, as terras foram doadas à irmandade por Cláudio Gurgel do Amaral, com a condição de que a ermida não fosse destruída e ali fosse a sua sepultura, assim como dos seus descendentes. Em 1739, foi construída a Igreja no estilo Barroco, de autoria não comprovada por documentos, do engenheiro militar José Cardos Ramalho.
  A Família Real, ao chegar no Brasil passou a frequentar a Igrejinhha, local do batizado da Princesa Maria da Glória, D. Pedro II e Imperatriz Leopoldina. Em 1839, D. Pedro II denominou o título de Imperial, à irmandade, passando então a se chamar Imperial Irmandade da Nossa Senhora da Glória do Outeiro. As festas no dia 15 de Agosto e o status de Imperial, continuaram mesmo com o advento da República.
 Essa Igreja tão admirada por quem transita entre o Centro e a Zona Sul, pode ser acessada por um Plano Inclinado que parte da Rua do Russel ou pelas Ladeiras da Glória ou Nossa Senhora. O local conta com um Museu desde 1942, e oferece do seu alto, uma bela vista de parte da cidade, muita história e uma riqueza arquitetônica inigualável. 

Fábio Torres
Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro


Fábio Torres
Ladeira da Glória

Fábio Torres
Destaque para sua Arquitetura 



Fábio Torres
Observada do bairro da Glória


Fábio Torres
Ponto final do Plano Inclinado


Fábio Torres
O Plano Inclinado em operação

Fábio Torres
Antiga cisterna

Fábio Torres
Lavabo em mármore e granito - 1854


Fábio Torres
Entrada principal


Fábio Torres
Vista do Museu da Irmandade


Fábio Torres
A Igreja por um outro ângulo


Fábio Torres
Uma das escadas de acesso. Ao fundo, a Baía de Guanabara.



Fábio Torres
As belezas estão presentes de todas as maneiras 


Fábio Torres
Vista da Baía de Guanabara


Fábio Torres
Ponto de embarque do Plano Inclinado

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Casa de Banho Dom João VI


  Localizada no bairro do Caju, a Casa de Banho Dom João VI, se destaca pela belíssima arquitetura Colonial. No local, também funciona o Museu da Limpeza Urbana.
  O casarão de nove cômodos foi construído no início do século XIX, e era propriedade do negociante de Café Antônio Tavares Guerra. A região conhecida como Ponta do Caju, era um balneário com casarios, e contava com um belíssimo visual da Baía de Guanabara despoluída. A proximidade da região com o Bairro de São Cristóvão, atraiu a atenção da Família Real Portuguesa.
  Após sofrer uma mordida de carrapato, D. João VI, foi recomendado pelos médicos a tomar banho de mar frequentemente, fato que o levou a se instalar no local em 1817.
 A residência foi tombada em 1938 pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional (IPHAN). Em 1996 o prédio foi restaurado pela Comlurb, passando a contar com o Museu da Limpeza Urbana.
  O local conta com visitas guiadas, eventos e nos dá uma noção de como era essa casa de praia frequentada por Dom João VI e a Corte Lusitana.



Fábio Torres
Essa placa é visível na Avenida Brasil


Fábio Torres
Arquitetura Colonial




Fábio Torres
Uma antiga casa de praia




Fábio Torres
Calçamento de pedra




Fábio Torres
Placa informativa






Fábio Torres
Vista da Ponta do Caju e Ponte Rio - Niterói à direita





Fábio Torres
O trem que sai do Porto do Rio, cruza o bairro do Cajú



Fábio Torres
Passagem de nível




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