Os Arcos da Lapa, como atualmente é conhecido, é marcado pelo seu clima de boemia, além de ser um cartão postal. Porém, o que muitas pessoas não sabe é de sua grande importância social à cidade. O Rio de Janeiro até o século XVII, sofria com o abastecimento de água potável, e tinha como solução o rio Carioca, que nascia no Silvestre e desaguava na Baía de Guanabara. Portanto, era preciso haver uma maneira levar as suas águas à população, por meio de encanamento.
Estudos foram feitos, e em 1723 foi inaugurado um aqueduto ligando o morro do Desterro, atual Santa Teresa, a encosta do morro de Santo Antônio, atual Largo da Carioca (uma homenagem ao rio), onde tinha um chafariz com 16 carrancas de bronze, sendo este o primeiro da cidade.
A má qualidade do material na construção do aqueduto, fez com que o Governador Gomes Freire de Andrade, o Conde de Bobadela, chamasse o Engenheiro militar José Francisco Alpoim, que em 1744 fez o processo de reconstrução, concluído em 1750. O aqueduto foi inspirado no de Águas Livres em Lisboa, e possui 42 arcos no estilo romano em arcada dupla, 270 metros de extensão e 17 m de altura. O material utilizado foi granito brasileiro, argamassa de cal, azeite de peixe, areia e pedra.
Considerada a construção mais importante do Brasil colonial, o Aqueduto da Carioca, serve desde 1896, como viaduto para os bondes que encontram - se desativados.
Fábio Torres
Fábio Torres
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