Até pouco além da metade do século XX, a cidade serrana de Teresópolis possuiu uma ferrovia, que ligava a cidade ao município de Magé, na Baixada Fluminense. Era a Estrada de Ferro Therezopolis, como era escrita em grafia da época.
Estação de Magé, em sua inauguração.
Foto cedida por Pedro Paulo Resende ao site "Estações Ferroviárias"
Foto cedida por Pedro Paulo Resende ao site "Estações Ferroviárias"
A cidade antes da ferrovia só era acessada em lombo de animais ou pequenas carruagens, que subiam com dficuldade a íngreme Serra dos Órgãos.
Em uma grande obra de engenharia, foi construída a ferrovia, que ligava o Porto de Piedade, às margens da Baía de Guanabara, à cidade de Teresópolis. Barcas faziam a ligação entre o Porto de Piedade e a cidade do Rio de Janeiro.
Em uma grande obra de engenharia, foi construída a ferrovia, que ligava o Porto de Piedade, às margens da Baía de Guanabara, à cidade de Teresópolis. Barcas faziam a ligação entre o Porto de Piedade e a cidade do Rio de Janeiro.
Porto de Piedade, em Magé.
Foto de Sciammarella - Flickr
Após a década de 1940, os trens pararam de circular entre Piedade e Magé, vindo diretamente pela linha da Estrada de Ferro Leopoldina passando por diversos bairros da zona norte do Rio de Janeiro e pelos municípios de Duque de Caxias e Magé. Ao chegar em Guapimirim, os passageiros faziam uma baldeação e embarcavam em trens que subiam a Serra dos Órgãos utilizando o sistema de cremalheira, uma espécie de roda dentada que auxiliava a operação e tração dos trens na subida e descida da serra.
Foto de Sciammarella - Flickr
Após a década de 1940, os trens pararam de circular entre Piedade e Magé, vindo diretamente pela linha da Estrada de Ferro Leopoldina passando por diversos bairros da zona norte do Rio de Janeiro e pelos municípios de Duque de Caxias e Magé. Ao chegar em Guapimirim, os passageiros faziam uma baldeação e embarcavam em trens que subiam a Serra dos Órgãos utilizando o sistema de cremalheira, uma espécie de roda dentada que auxiliava a operação e tração dos trens na subida e descida da serra.
Monumento à Cremalhera, sistema utilizado para auxiliar o tráfego de trens em trechos de Serra.
Este monumento encontra-se em Petrópolis, em frente onde fica a estação Alto da Serra
A ferrovia trouxe muito progresso à cidade, que podia ser acessada em aproximadamente duas horas a partir do Centro da capital. Além do clima privilegiado e salubre que a cidade possuía e possui, a viagem de trem era um dos grandes atrativos, com paisagens e vistas de tira o fôlego !
Mas isso acabou em 1957, quando a linha foi erradicada por ser considerada anti-econômica, causando grande tristeza aos moradores da aprazível cidade, que agora poderia ser acessada por rodovia.
Da estação Guapimirim ainda se pode ver o caminho que os trens faziam para subir a Serra dos Órgãos. Infelizmente, estes trilhos acabam onde está o muro, ao fundo.
Foto: Dado DJ - Trilhos do Rio
Rio Sobêrbo, em Guapimirim
Foto: Dado DJ - Trilhos do Rio
Com a erradicação da linha, o antigo leito ferroviário foi pavimentado e transformado em rua. Mesmo com este passado histórico, o local tornou-se um ótimo passeio, pois se pode acompanhar exatamente o percurso por onde o trem passava. Um convite irrecusável, que reúne aventura, resistência, história e belas paisagens.
Ruas onde antigamente passava o trem
Foto: Dado DJ - Trilhos do Rio
Subindo, observando o que já se passou, respirando o ar puro da Serra dos Órgãos
Foto: Dado DJ - Trilhos do Rio
A bela paisagem Serrana da região
Foto: Dado DJ - Trilhos do Rio
É possível subir até a localidade conhecida como Barreira, onde existe um grande restaurante, que conta com acervo fotográfico da ferrovia e uma pequena amostra de trilhos com o sistema de cremalheira.
Trilhos e cremalheira
Foto: Dado DJ - Trilhos do Rio
A partir deste ponto, onde existiu uma estação ferroviária antigamente, não é possível continuar pois o antigo leito ferroviário foi ocupado por habitações. É hora de voltar. Mas antes, uma bela imagem da Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo, datada de 1713 e locaizada em uma ilha nos braços do Rio Soberbo.
Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo.
Foto: Dado DJ - Trilhos do Rio
O retorno pode ser feito descendo pelo mesmo caminho, ou acessando uma via asfaltada que terminará na rodovia Rio-Teresópolis, onde se pode embarcar em um ônibus em direção à Magé.
Ainda não são organizadas expedições regulares ao local, mas o passeio é lindo e recompensante, uma ótima pedida para fugir da agitação do dia-a-dia e se refrescar com o clima local e as águas de rio da Serra dos Órgãos.
Um filhote de inseto, uma pequena (literalmente) amostra da bela fauna do local
Foto: Pablo Lira
Informe-se sobre o clima na região anteriomente, e as condições das estradas.
Pode-se também ir de trem, desde a Central do Brasil até Guapimirim, com baldeação em Saracuruna. Há poucos horários diários, mas o passeio de trem vale a pena, e ajuda a conhecer como era a rotina antigamente para se alcançar a cidade de Teresa, a inesquecível Teresópolis.
Fotos: Dado DJ - Trilhos do Rio
2 comentários:
gostei da cara do inseto
Parabéns!
Caso o amigo necessite de mais fotos de Magé, solicite: Magé com Sciammarella.
Bom dia
Sciammarella
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